terça-feira, 4 de setembro de 2007

INTERAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

Vários estudiosos (entre eles Rivers, Brown e Seliger) discutem a importância da interação no processo de ensino-aprendizagem de línguas. Parece consensual que a interação exerce um papel determinante no desenvolvimento da competência lingüístico-comunicativa, principalmente no que se refere à habilidade da fala. Brown define interação da seguinte forma: “Interação é a troca colaborativa de pensamento, sentimentos ou idéias entre duas ou mais pessoas resultando em um efeito recíproco um no outro”. Brown (1994:159) (tradução nossa)


Em situações interativas o aluno tem a oportunidade de usar a língua de maneira significativa, ou seja, com um propósito comunicativo. Rivers apud Brown (1994:159) argumenta que a sala de línguas deveria ser interativa desde o princípio. A autora concebe a interação da seguinte forma: “Através da interação, alunos podem aumentar seu estoque na língua à medida que ouvem ou lêem materiais lingüísticos autênticos, ou até mesmo o estímulo do colega aluno em uma discussão, tarefa de resolução de problemas ou diálogos. Na interação, alunos podem usar tudo o que eles possuem da língua, tudo o que eles aprenderam ou absorveram eles aprendem ou observam casualmente tudo o que eles aprenderam em trocas da vida real... Até em um estágio primário eles aprendem desta maneira a explorar a elasticidade da língua”. (Rivers 1987:4-5) (tradução nossa)


Brown (1994:159) argumenta que a interação humana é mais bem atingida quando o foco está na mensagem e no significado e não nas estruturas gramaticais. Quando isto acontece, os aprendizes partem para um modo mais automático de processar a língua.


De acordo com Brown (id. ibid) a interação envolve a tomada de riscos por parte dos aprendizes, ou seja, há possibilidades de se falhar em produzir o significado pretendido, de falhar em interpretar o significado pretendido (pela outra pessoa) e de ser julgado pelas pessoas envolvidas no ato comunicativo por eventuais erros.


É imprescindível que o professor conscientize os alunos de que os “erros” na produção e compreensão fazem parte do processo de aprendizagem de uma LE explicando que os resultados valem a tomada de riscos.

Fonte:Bezerra, Michelle Falcão. A Competência Linguistico-comunicativa do Aluno de Língua Inglesa. Trabalho de conclusão de curso(graduação) FTB, Brasília, 2004.

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